terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Química que colore o céu

Química que colore o céu

A coluna No laboratório do Sr. Q explica a ciência por trás dos fogos de artifício do Natal (e do Ano Novo também)


Você, que está grande o bastante para ficar acordado até tarde, já deve ter visto pessoalmente (ou pela televisão) a queima de fogos que acontece durante a festa de ano novo. Após o assobio inconfundível, acontece um estouro e o céu é tomado por chamas das mais variadas cores: azul, vermelho, verde, dourado…
Fogos de artifício
Os fogos de artifício foram inventados pelos chineses entre os anos 600 e 900 de nossa era. Mas foi na Itália do século 19 que eles ganharam cores e efeitos luminosos (Foto: tsuacctnt / Flickr)
Os fogos de artifício foram inventados pelos chineses entre os anos 600 e 900 de nossa era. Os primeiros fogos eram feitos de tubos de bambu preenchido com pólvora negra – uma mistura de nitrato de potássio, carvão e enxofre. Eles explodiam no solo, provocando um grande estrondo.
Logo depois, os tubos de bambu foram substituídos por tubos de papel, mas foram necessários quase duzentos anos para os chineses aprenderem a lançar as cargas explosivas no ar e fazer com que elas estourassem no céu.
A pólvora foi introduzida na Europa no século 12, por diplomatas, exploradores e missionários franciscanos, e logo os fogos de artifício também passaram a ser apreciados nesse continente. Na Inglaterra, a primeira queima de fogos ocorreu em 1486, para comemorar o dia do casamento do Rei Henrique VII.
Apesar de produzirem espetáculos grandiosos e belos, os fogos daquela época ainda não apresentavam a variedade de cores e efeitos que vemos hoje. Foram os italianos que começaram, partir de 1830, a incorporar pequenas quantidades de metais e outras substâncias para aumentar o brilho e variar a cor dos fogos de artifício, além de criar efeitos de faíscas e explosões de luz.
Preparação dos fogos de artifício.
A bomba colocada no interior dos fogos de artifício aéreos é a parte responsável pelos efeitos luminosos e de cores (Foto: Wikimedia Commons)
Os fogos aéreos atuais são formados por um tubo de papelão reforçado com um pavio na lateral. O tubo é preenchido com pólvora negra e, por cima, fica uma bomba com um outro pavio. No interior da bomba coloca-se mais pólvora e sais de diferentes metais para produzir efeitos luminosos e de cores.
Quando o pavio lateral é acesso, a pólvora negra entra em combustão e os gases gerados no interior do tubo atiram a bomba para cima, fazendo com que ela chegue a dezena de metros de altura. Na explosão, o pavio da bomba é aceso (seu comprimento é calculado para que a bomba exploda quando atingir a altura máxima). Durante a explosão, os sais metálicos são atirados em todas as direções, produzindo os efeitos luminosos.
Fogos de artifício coloridos
As cores são emitidas quando determinados metais são aquecidos, e cada um dos elementos adicionados aos fogos de artifício produz uma cor diferente. Por exemplo, o elemento bário libera luz verde; o sódio, amarela. Já a cor púrpura é emitida por uma mistura dos elementos estrôncio e lítio (Foto: Wikimedia Commons
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