domingo, 18 de novembro de 2012

Fósforo branco atinge até 800ºC após combustão


Ataques aéreos de Israel sobre Gaza com bombas de fósforo branco, proibidas pela Convenção de Genebra
As Convenções de Genebra, uma série normas que servem como base para a elaboração de leis do Direito Humanitário Internacional, definem limites para a atuação de exércitos em batalhas. A primeira versão do código de conduta foi escrito em 1864. Nos anos seguintes, diversas atualizações balizaram o comportamento dos militares em conflitos armados.
Entre os armamentos que são duramente criticados pelos organismos de ajuda humanitária internacionais, estão:
Bomba de fósforo
A bomba incendiária de fósforo (branco ou vermelho) foi largamente utilizada pela primeira vez na Segunda Guerra Mundial. Estados Unidos, durante a invasão ao Iraque, e Israel, no cerco ao Hezzbolah no Líbano, já teriam usado este tipo de arma.
O fósforo branco arde espontaneamente no ar a partir de 34°C e atinge temperatura de cerca de 800ºC quando acionado. Um dos componentes da fabricação de fogos de artifício, a sua queima causa uma grande quantidade de fumaça e é usada para esconder a movimentação de tropas no campo de batalha.
Bomba de oxigênio
Também chamada "bomba de implosão" ou "bomba de vazio", consome o oxigênio ao redor e provoca o desabamento dos edifícios.
Bomba de napalm
Bomba incendiária fabricada com napalm, uma substância elaborada sobre uma base de gasolina e inventada na Universidade de Harvard, em 1942. Sua fórmula lhe permite arder a um nível determinado e grudar nos objetos e pessoas. Uma convenção da ONU de 1980 proibiu seu uso contra a população civil.
Foi muito utilizado durante a Segunda Guerra Mundial, pelos EUA e aliados, para bombardear cidades japonesas. No Vietnã, o exército americano utilizou a arma para queimar a vegetação e abrir clareiras para o pouso de aeronaves.
Bomba de fragmentação
Bomba que explode antes de atingir o alvo, soltando milhares de estilhaços que saem a grande velocidade em direções aleatórias ou precisas, segundo os efeitos desejados. A carga explosiva se limita em geral a um quarto da massa total da bomba. O resto do artefato é composto por uma variedade de projéteis mortíferos e incandescentes.
Entre 5% e 40% dos projéteis liberados por este tipo de bomba não explodem ao atingir o solo, causando mutilações e mortes em populações civis mesmo após o fim de conflitos.
Bomba de racimo
Bomba de fragmentação de última geração, composta de um container principal que solta no ar, e sobre uma grande extensão, centenas de pequenas bombas que explodem ao atingir o chão.
A carga explosiva das bombas menores que são liberadas - do tamanho de latas de bebidas - são capazes de perfurar blindados. As explosões podem atingir uma área de até 400 m².
Com informações da AFP.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Brasileiros levam ouro e prata na Olimpíada Ibero-americana de Química


Publicação: 15/10/2012 20:15 Atualização: 15/10/2012 20:18
Quatro estudantes brasileiros foram premiados com medalhas de ouro e de prata na 17ª Olimpíada Ibero-americana de Química realizada em Santa Fé, Argentina. Três deles são do nordeste brasileiro.

Os vencedores das medalhas de ouro foram os estudantes Daniel Arjona de Andrade Hara, do Colégio Objetivo (São Paulo), e Vitória Nunes Medeiros, do Colégio Farias Brito (Ceará). As medalhas de prata ficaram com os cearenses Gabriel Matheus Viana Pinheiro, do Colégio Master e Ramon Santos Gonçalves da Silva, do Colégio Ari de Sa.

“Ficamos muito satisfeitos com o resultado, foi uma grande conquista que refletiu todo o esforço desses estudantes e de seus professores”, afirma Sérgio Melo, coordenador do Programa Nacional Olimpíadas de Química e responsável pela seleção dos estudantes que representam o Brasil nas Olimpíadas Internacionais de Química. Para o profissional, a colocação do país confirma a posição de vanguarda dentre as nações da comunidade ibero-americana.

Disputa
Os estudantes brasileiros disputaram a Olimpíada com alunos de outros 16 países. Em julho deste ano, os quatro alunos também foram destaques na 44ª Olimpíada Internacional de Química (IChO- International Chemistry Olympiad), realizada nos Estados Unidos. Da competição, eles trouxeram uma medalha de prata e três de bronze.

Para o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), Martim Penna, a Olimpíada Iber-americana é importante na interação da indústria com o estudante, com a academia e com vários outros agentes da sociedade.

A primeira edição da Olimpíada Internacional de Química ocorreu em 1968, na então Checoslováquia. Anos mais tarde, em 1986, a iniciativa ganhou adesão no Brasil. Já a Olimpíada Ibero-americana iniciou as competições em 1995, na Argentina.

domingo, 16 de setembro de 2012

Aprenda a tabela periódica com Harry Potter


Aprenda a tabela periódica com Harry Potter

13/09/2012
Descubra e memorize os elementos químicos da tabela periódica com os personagens da série Harry Potter. Personagens e itens da história ajudam você a se dar bem nas provas de química

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Crédito: Warner Bros./Divulgação
Membros da família Weasley, criadores do Mapa do Maroto, jogadores do time de quadribol da Grifinória e muitos outros estão reunidos para ajudar você a estudar

A tela periódica dos elementos químicos faz parte do pesadelo de muitos estudantes. Juntamente com a tabuada, ela é repleta de itens que devem ser memorizados e conhecidos para que os alunos possam resolver exercícios, entender teorias e fazer as provas, inclusive nos vestibulares. Por mais difícil que possa parecer, não é uma tarefa impossível, ainda mais se você tiver como aliados os personagens da saga Harry Potter.


Membros da família Weasley, criadores do Mapa do Maroto, jogadores do time de quadribol da Grifinória e muitos outros personagens estão reunidos em uma tabela personalizada que ajuda você a estudar.

Confira tabela periódica com os personagens de Harry Potter:


Tabela Periódica Harry Potter

sábado, 28 de julho de 2012

É possível correr sobre a água?


É possível correr sobre a água?


Pergunta - Guilherme Sant'Anna de Lira, São Paulo, SP
Para o ser humano, não! Para realizar a proeza, seria preciso dar 125 passos por segundo - 50 vezes mais que um velocista. Além disso, os pés teriam que atingir a água a velocidades sobre-humanas, empurrando a água para baixo com força suficiente para não afundar. Recentemente, a façanha foi "documentada" em uma campanha viral que rodou a internet. O vídeo mostrava esportistas correndo sobre as águas, supostamente graças a um tênis à prova d'água. O programa Pânico na TV copiou a brincadeira. Nos dois casos, o truque era correr sobre plataformas escondidas pouco abaixo do nível da água.
LAGARTO JESUS*
Lagartos do gênero Basiliscus andam sobre a água por pequenos trechos dando 20 passos por segundo. Eles são leves e membranas nas patas formam bolhas de ar que os ajudam a flutuar
CONSULTORIA - Cláudio Furukawa, do Instituto de Física da USP
*Jesus Christ Lizard, em inglês
Correndo no molhado
Velocidade para andar na água seria menor que a de um velocista, mas até Usain Bolt naufragaria tentando
TAMANHO DA LANCHANa hora de (tentar) correr sobre a água, o peso do corpo e a área de contato com a superfície são importantes. Para fazer os cálculos, imaginamos um corredor com 75 kg e um calçado de 30 cm de comprimento por 12 de largura - tamanho 43. Isso dá uma área de contato de 360 cm2 a cada pisão
VELOCIDADE MÁXIMA
Sapateando a esse ritmo, o corredor se manteria sobre a água no mesmo ponto. Para ir em frente, ele teria que atingir a água num ângulo de 4 graus. Assim, ele andaria uns 3,5 cm para a frente a cada passo. Dando 125 passos por segundo, a velocidade média seria de aproximadamente 16 km/h
PASSADA LIGEIRA
A pisada não pode ser muito profunda, porque o atrito tornaria difícil tirar o pé da água. Afundando só 5 cm, o pezão empurraria 1,8 litro de água para baixo. Então, para multiplicar essa força de reação e se sustentar sobre a água, a velocidade do pé ao atingir a superfície teria de ser 46,8 km/h
ALTA FREQUÊNCIA
Cada pisada a uma velocidade dessas e afundando só 5 cm duraria 8 milésimos de segundo. Ao fim de cada passo, outro de igual velocidade teria que ser dado. Isso significa que o corredor teria que dar cerca de 125 passadas por segundo (um corredor de 100 m rasos dá apenas cinco passos nesse tempo)

FONTE :

Alquimia: cientistas transformam ácidos em bases


Alquimia: cientistas transformam ácidos em bases

Redação do Site Inovação Tecnológica - 01/08/2011
Alquimia: cientistas transformam ácidos em bases
O Dr. Guy Bertrand contou que a ideia de transformar ácidos em bases veio durante um brainstorming com seus alunos.[Imagem: L. Duka]
Químicos conseguiram realizar em laboratório um feito que até agora era considerado impossível: eles transformaram em bases uma família de compostos que normalmente são ácidos.
Como todos podem se lembrar de suas aulas de química, ácidos são o oposto químico das bases.
Ácidos viram bases
Mas o Dr. Guy Bertrand e seus colegas da Universidade de Riverside, nos Estados Unidos, fizeram ácidos virarem bases.
"O resultado é totalmente contra-intuitivo," comentou o Dr. Bertrand. "Quando eu apresentei recentemente os resultados preliminares desta pesquisa em uma conferência, o público estava incrédulo, dizendo que era algo simplesmente inatingível.
"Mas nós conseguimos: nós transformamos compostos de boro em compostos similares ao nitrogênio. Em outras palavras, nós fizemos ácidos se comportarem como bases".
Compostos do elemento boro são ácidos, enquanto compostos de nitrogênio ou fósforo, por exemplo, são básicos.
O feito abre caminho para uma série totalmente nova de reações químicas, com aplicações potenciais na indústria farmacêutica e de biotecnologia, na fabricação de novos materiais e novos catalisadores, apenas para citar alguns exemplos.
"É quase como transformar um átomo em outro átomo," diz Bertrand.
Catalisadores
O pesquisador é especialista em catalisadores.
Um catalisador é uma substância - geralmente um metal, ao qual se ligam íons ou compostos - que permite ou facilita uma reação química, mas não é consumida e nem alterada pela reação em si.
Alquimia: cientistas transformam ácidos em bases
A "alquimia" que permitiu a transformação de ácidos em bases foi possível modificando-se o número de elétrons no boro, sem alterar seu núcleo atômico. [Imagem: Science]
Embora apenas cerca de 30 metais sejam usados para formar os catalisadores, os íons ou moléculas de ligação, chamados ligantes, podem ser contados aos milhões, permitindo a criação de numerosos catalisadores.
Atualmente, a maioria desses ligantes compõe de materiais à base de nitrogênio ou fósforo.
"O problema com o uso dos catalisadores à base de fósforo é que o fósforo é tóxico e pode contaminar os produtos finais", disse Bertrand. "Nosso trabalho mostra que agora é possível substituir ligantes de fósforo em catalisadores por ligantes de boro. E o boro não é tóxico," explica o pesquisador.
Revolução na catálise
A "alquimia" que permitiu a transformação de ácidos em bases foi possível modificando-se o número de elétrons no boro, sem alterar seu núcleo atômico.
"As pesquisas com catálise têm avançado em pequenos passos incrementais desde a primeira reação catalítica, feita em 1902 na França. Nosso trabalho é um salto quântico na pesquisa de catálise porque uma vasta família de novos catalisadores agora passa a estar disponível.
"Quais tipos de reações esses novos catalisadores à base de boro são capazes de facilitar é algo que ainda não se sabe. O que se sabe é que eles são potencialmente numerosos," conclui Bertrand.
Bibliografia:

Synthesis and Characterization of a Neutral Tricoordinate Organoboron Isoelectronic with Amines
Rei Kinjo, Bruno Donnadieu, Mehmet Ali Celik, Gernot Frenking, Guy Bertrand
Science
29 July 2011
Vol.: 333 (6042): 610-613
DOI: 10.1126/science.1207573

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fotografada a verdadeira forma dos átomos


26 de novembro de 2009
Fotografada a verdadeira forma dos átomos
Nova técnica produz imagens de orbitais de elétrons de átomos individuais
por Davide Castelvecchi
Physical Review B
Orbitais de um átomo de carbono vistos através de um microscópio de emissão de campo.
Os livros de química normalmente incluem ilustrações de átomos, mas com ressalvas. Os desenhos mostram núcleos atômicos rodeados por orbitais de elétrons – esferas com contornos indistintos, halteres, tripés, e assim por diante. No entanto, essas figuras representam a probabilidade de se encontrar um elétron em determinado ponto ao redor do núcleo e não uma verdadeira “forma”. Agora, pela primeira vez, pesquisadores conseguiram uma imagem dos orbitais de um elétron e mostram que, de certa forma, os átomos, na verdade, se parecem com as imagens dos livros didáticos.

Foram Igor Mikhailovskij e colaboradores do Instituto Kharkov de Física e Tecnologia, na Ucrânia, que conseguiram obter as imagens das formas dos orbitais em átomos de carbono ao aperfeiçoarem uma antiga técnica de imageamento, chamada microscopia de emissão de campo.

Os pesquisadores criaram uma cadeia de átomos de carbono, penduraram-na em uma ponta de grafite, e então a colocaram em frente a uma tela de detecção. Quando aplicaram um campo elétrico de milhares de volts entre o grafite e a tela, elétrons fluíram um por um do grafite através da cadeia de carbono até o campo elétrico tê-los puxado para fora do último átomo da cadeia. A partir dos pontos onde os elétrons pararam na tela os investigadores puderam rastrear os pontos de onde deixaram seus orbitais no último átomo. As partes mais “densas” das nuvens de probabilidade têm uma chance maior de emitirem um elétron, e a informação de vários elétrons combinados formou uma imagem das nuvens. “Temos, na verdade, uma imagem de átomos individuais”, observa Mikhailovskij.

As imagens parecem com as dos livros, embora apareçam apenas os orbitais mais externos, o que encobre os orbitais internos e os núcleos. Ao alterar a intensidade da corrente, a equipe conseguiu mudar a energia do último elétron mais externo do átomo de um baixo nível para alto. Como prediz a teoria, a forma do orbital mudou de esférica para de haltere. O grupo também observou elétrons mudando espontaneamente de um estado para outro – segundo Mikhailovskij, por motivos ainda não esclarecidos – e formas estranhas que podem ser resultado da presença de impurezas, na forma de outros átomos como o hidrogênio. Os resultados se encontram na edição de outubro da Physical Review B.

Cientistas já haviam obtido imagens de átomos individuais utilizando ferramentas como microscópios eletrônicos de transmissão (que emitem elétrons através de um objeto e medem como se desviam) ou microscópios de tunelamento (que “sentem” a forma de uma amostra com uma ponta microscópica). Os átomos, entretanto, apareciam geralmente como pouco mais que manchas. A microscopia de emissão de campo, por outro lado, isola o elétron do próprio objeto que está sendo observado. De acordo com Alex Zettl, da University of California, em Berkeley, essa diferença pode significar uma chance menor de distorções e má interpretação do sinal. “É como ouvir a palavra dita diretamente pelo orador original e não por meio de um tradutor ou intérprete.”

Além de confirmar as concepções artísticas dos livros didáticos, a técnica pode esclarecer as propriedades de cadeias de átomos de carbono que são ainda quase completamente desconhecidas. Físicos suspeitam que possam ser excelentes condutoras, mecanicamente fortes e úteis no futuro em computadores em escala atômica.
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/fotografada_a_verdadeira_forma_dos_atomos.html